quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Lei de Extensão aprovada no Senado

Podem conferir a noticia no site da UFRB. Ou baixar o arquivo completo neste link.








Enviado por um/a colega da UFBA.
danilo, feop/se
sencenne coord. regional
Link

O IMPACTO DO INGRESSO DOS ESTUDANTE DE ORIGEM POPULAR NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE


Autoras/es:
Agnaldo dos Santos
Alizete dos Santos
Bruno da Silva Santana
Catia Matias dos Santos
Helenilza Joelma da Costa Santos
José Leidivaldo de Oliveira
Tiago do Rosário

Instituição:
UFS


Resumo:
O presente artigo pretende de uma forma sucinta explanar sobre o impacto causado com o ingresso de estudante de origem popular nas universidades públicas, especificando a UFS. Vê-se pertinente refletir também acerca das atuais políticas de assistência estudantil desenvolvida pela instituição, bem como, tratar das condições necessárias para garantir a permanência com qualidade destes estudantes.

Palavras-chaves: UFS, estudante de origem popular, Assistência estudantil, Permanência


INTRODUÇÃO
O ingresso de estudantes de origem popular (EOP) nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) demonstra a necessidade de se criar novas políticas públicas que assegurem a permanência dos mesmos com qualidade. A importância de discutir os impactos ocasionados pelo ingresso desses estudantes, levou a produzir uma síntese sobre essa temática nas universidades públicas, com ênfase na Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Nesse sentido são objetivos do trabalho refletir sobre a possibilidade de criação ou ampliação de políticas que assegurem a permanência com qualidade dos estudantes de origem popular, como também problematizar as possíveis adequações que as IFES sofrem a partir das necessidades específicas dos mesmos. Para tal são pertinentes as seguintes questões: Quais são as adequações que a universidade sofre com a entrada de EOP’s e quais são os impactos causados na universidade?

Este trabalho se deu a partir de discussões realizadas em GDT (Grupos de Discussão e Trabalho), dentro das temáticas de acesso e permanência. Para tanto utilizam artigos, livros e entrevistas que embasaram e possibilitaram as reflexões aqui expostas.

O ingresso de EOP’s na UFS, mesmo que ainda em pequena quantidade tem gerado algumas necessidades. Em entrevistas realizadas constatou-se essa demanda e a partir disso, surgiram os seguintes questionamentos: quais são essas necessidades? Elas são supridas? Quais são as ações desenvolvidas por essa instituição para atender tal demanda?


Ingresso e Permanência: a visão dos estudantes sobre a UFS
Em uma sociedade em que a concentração de renda é tão grande quanto à brasileira, aliado à adoção de políticas de cunho neoliberal, torna-se evidente que aqueles que tiverem melhores condições de financiar a sua educação, também terão melhores oportunidades. A isenção do Estado em financiar a educação pública, e privilegiar as ciências que promovem a construção de um conhecimento que pode ser apropriado pelo capital, choca-se com a demanda social de ingresso de EOP’s nas IFES.

Observa-se que as dificuldades enfrentadas pelos estudantes na UFS, apresentam-se de acordo com as condições sócio-econômicas dos mesmos. Ao questionarmos um aluno1 do curso de farmácia sobre as dificuldades que ele enfrentou quando do seu ingresso na UFS, o mesmo respondeu que:

“A principio, não vejo dificuldades nenhuma, realizei um sonho e tenho que batalhar para seguir a diante. Mas as dificuldades com a xérox (sic), livros são sem duvidas constantes na universidade”.

Diante disso podem-se analisar dois pontos: primeiro é que ele diz a principio não ter dificuldade mesmo reconhecendo os constantes gastos materiais durante o curso, com isso ele “naturaliza” as dificuldades básicas que refletem as reais condições sócio-econômica dos EOP’s. É a partir dessa “naturalização” que tal situação se universaliza. E é partindo dessa percepção que a maior parte das IFES não prevêem nenhuma ajuda de custo material para essa demanda. Outro ponto é que o ingresso é visto como uma vitória individual e, a permanência é uma “conseqüência” que deve ser assumida pelo discente. Segundo Enguita:

A escola contribui para que os indivíduos interiorizem seu destino, sua posição e suas oportunidades sociais como se fossem sua responsabilidade pessoal. Assim, os que obtém melhores oportunidades atribuem-nas a seus próprios méritos e os que não as obtém consideram que é sua própria culpa. As determinações sociais são ocultadas por detrás de diagnósticos individualizados, legitimados e sacralizados pela autoridade escolar.(ENGUITA, 1989,p. 193)

Essa é a ideologia propagada pelas instituições de ensino de modo geral, não isentando o ensino superior. Com isso o sistema educacional se omite da responsabilidade do fracasso na medida em que o transfere para o individuo, no caso em questão o aluno.

Uma aluna2 do curso de Química Industrial ao ser indagada sobre as condições disponibilizadas ao que se refere a permanência na UFS relatou que:

“A UFS não garante a minha permanência, somente o entusiasmo e a necessidade de entrar no mercado de trabalho é que fazem a minha permanência”.

Segundo Enguita (1989, p. 195) , “estuda-se em suma por que a escola promete mobilidade social aos que não gozam de uma posição desejável e promete mantê-la para os que já desfrutam dela”. Essa percepção da função da universidade como preparadora de mão de obra para o mercado de trabalho também é vista por um aluno3 do curso de Geografia que relata:

“Ora, sabemos que a universidade hoje não estimula, geralmente, reflexões e atuações na sociedade, e sim, servem de criadouros de massa de trabalhadores para o mercado desumano do sistema do capital.”

Por outro lado, além do material, a falta de acompanhamento pedagógico também é um problema enfrentado pelos EOP’s. como afirmou uma estudante4 de Turismo:

“Há uma diferença do nível de conteúdos, pois não percebi uma continuidade do que é ensinado no ensino médio (...) pois devido a essa discrepância na diferença dos conteúdos você nem sempre consegue acompanhar o ritmo da universidade principalmente para quem estudou em colégio público”.

Tais dificuldades são mais visíveis entre os alunos oriundos de escola pública. Apesar dos professores cobrarem igualmente dos alunos tanto de escolas particulares quanto de escolas públicas, estes últimos sofrem mais com as exigências acadêmicas devido às deficiências advindas da precariedade do sistema de ensino básico público.


A Assistência estudantil oferecida na UFS

A entrada de EOP’s na UFS, causa impactos na tradicional estrutura acadêmica, diante da demanda existente surgem necessidades para que os mesmos permaneçam com qualidade na instituição ao longo de sua trajetória acadêmica. Tais situações advindas do ingresso desses discentes, implicam na criação de políticas publicas de assistência estudantil. Em âmbito local, a UFS atualmente oferta para esses estudantes um programa de “assistência estudantil”, que abrange: a residência universitária, isenção de taxas acadêmicas, bolsa trabalho, bolsa alimentação, núcleo de assistência psico-social, etc. ue apesar de existirem sua oferta é pouco eficiente, na maioria das vezes, e funciona como assistencialismo.

As formas de “assistência estudantil” ofertada pela UFS são pouco conhecidas pelos estudantes. Apenas uma pequena parcela tem acesso a essas informações o que não significa dizer que estes sejam contemplados, pois as vagas são insuficientes ou limitadas.

Logo é possível afirmar que as condições dentro da academia desempenham função sine qua non no processo de aprendizagem e no aspecto qualitativo na formação do estudante. O acesso às condições necessários para um bom rendimento dos estudos tem sido negado aos EOP’s na maior parte de sua trajetória escolar – e também não é diferente no ensino superior. Isso pode ser aferido ao observar a defasagem das bibliotecas: muitos livros essenciais é apenas utopia e lacunas nas prateleiras da BICEN (Biblioteca Central). Além de existir desigualdade no seu acervo entre os cursos – uns são mais contemplados que outros. Pela referida falta, os estudantes de origem popular são obrigados a fotocopiar esses materiais pedagógicos, ou precisam pedir emprestada a cópia de um colega para desenvolver suas atividades acadêmicas.

No que tange a alimentação, o RESUN – Restaurante Universitário – oferece para todos os estudantes durante a semana almoço e jantar a uma taxa de R$ 1,00 (um real) cada refeição. A bolsa alimentação isenta da taxa aqueles que comprovarem sua condição de extrema carência. Contudo, poucas pessoas têm ciência da existência desta bolsa, além de as vagas serem insuficientes, o que obriga a grande parte dos estudantes que necessitam (os EOP’s) a se sacrificarem no que correspondem à sua permanência na universidade.

Para os residentes é ofertada a isenção de taxas acadêmicas, direito à bolsa alimentação no RESUN, atendimento psico-social e acompanhamento pedagógico. Quanto à Residência Universitária, a prioridade é para os alunos carentes advindos do interior do estado. Sendo que a UFS tem um caso muito peculiar: as residências são núcleos residenciais separados por sexo, nos quais 8 (oito) estudantes dividem um apartamento situado em vários bairros de Aracaju. A deficiência deste sistema se revela nos seguintes pontos:

  • Os alunos são responsáveis por locar os imóveis e quitar débitos referentes a água, luz, aluguel, material de limpeza e condomínio com uma bolsa de R$ 702,00, sendo que cada item possui um limite máximo a ser gasto.
  • O fato de serem núcleos residenciais faz com que os residentes tenham seu grupo fragmentado, o que dificulta a mobilização por melhorias.
  • Através desse modelo de Residência, há um desvio de investimento no setor publico para o privado.
  • O deslocamento dos residentes dos núcleos até a Universidade acarreta um custo pago pelo próprio residente, sendo que as normas do Programa de Residência Universitária não permitem nenhuma forma de vínculo empregatício, nem direito a bolsa trabalho ofertada pela PROEST5.
  • No tocante à alimentação, ela é feita no RESUN, o que implica no não recebimento de café da manhã e nem refeições nos finais de semana e feriados.
  • As vagas são insuficientes para atender à grande demanda existente.
  • O acompanhamento pedagógico funciona como fiscalização. O estudante é procurado quando tranca uma disciplina, reprova ou a média ponderada diminui. A procura não é para oferecer algum tipo de auxílio ou orientação, é para advertir.
Portanto, podemos perceber que essas ações são paliativas e a universidade continua se eximindo do compromisso de assumi-las como assistência e não assistencialismo. Este fato demonstra a necessidade da Universidade reconhecer a presença de estudantes de origem popular na instituição e partindo disso adequar suas estruturas, propostas, perspectivas e principalmente, diante dessa nova demanda, um dialogo maior com as comunidades populares.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

As dificuldades demonstradas no decorrer desse trabalho são frutos da insuficiência de políticas institucionais e até mesmo educacionais, que garanta a permanência do EOP’s no ensino superior público. O ingresso dos EOP’s na UFS não acarretou modificações significativas na estrutura tradicional da instituição, a qual historicamente funciona para a formação de uma “elite” que não necessita de tais políticas.

Pode-se perceber que a UFS reconhece a existência6 de estudantes de origem popular na medida que esta oferta um programa de assistência estudantil que tem a finalidade de possibilitar a permanência, porém funciona com o caráter paliativo. A partir das discussões acerca do acesso e da permanência dos EOP’s pode-se aferir algumas propostas:

  • Construção de um complexo residencial no Campus;
  • Acompanhamento pedagógico efetivo;
  • Ampliação e atualização do acervo da Biblioteca (BICEN);
  • Elaboração de projetos permanentes de assistência estudantil.
Enquanto a assistência estudantil na UFS não for repensada e o número de EOP’s na mesma continuar crescendo, a formação acadêmica destes estudantes estará comprometida em questões de qualidade. Logo, não basta, apenas, garantir o ingresso é imprescindível criar políticas que garantam sua permanência.


BIBLIOGRAFIA:

ENGUITA, Mariano F. A face oculta da escola: Educação e Trabalho no Capitalismo. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
FREIRE, Paulo. Política e educação: ensaios. 5ª edição- São Paulo, Cortez, 2001. (Coleção questão de nossa época, v. 23).
FOUCAULT, M. Les mots et les choses. Paris: Gallimard, 1996.
VASCONCELOS, Simão Dias; SILVA, Ednaldo Gomes da. Acesso a universidade publica através de cotas: uma reflexão a partir da percepção dos alunos de um pré- vestibular inclusivo. Revista Ensaio: avaliçao e políticas publicas em educação. Rio de Janeiro, CESGRANRIO, v. 13, n. 49, out./dez.2005.
ZAGO, Nadir. Do acesso a permanência no ensino superior: percursos de estudantes universitários de camadas populares. Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 32, Rio de Janeiro. Maio/ ago. 2006.

1. Aluno oriundo do sistema de ensino privado, graduando em Farmácia.

2. Aluna oriunda do sistema de ensino público, graduando em Química Industrial
3. Aluno oriundo do sistema de ensino privado, graduando em Geografia.
4. Aluna oriunda do sistema de ensino público, graduando em Turismo.
5. Pró-reitoria de assistência estudantil
6. A Universidade Federal de Sergipe dispõe de dados referentes a condição sócio-econômicos dos estudantes, sendo uma das formas a inscrição do vestibular.



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Trabalho apresentado no III FEOP RJ
danilo, feop/se
sencenne coord. regional

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Prés Populares – Fórum de Educadores Populares

Para quem se destina nossa militância?

Considerando os números registrados pelo Ministério de Educação (MEC), iremos observar que ao longo dos últimos anos houve um aumento acentuado no número de matrículas, e, para exemplificar, podemos considerar apenas o ensino médio, onde os dados oficiais apontam um aumento superior a 100%, relativo ao período de 1996 a 2006. No Estado do Rio de Janeiro, o total de crianças e jovens cursando o período escolar chegou a 726,726 mil, número este, a qual o Estado considera em sua totalidade, que mais de 95% de crianças e jovens em idade escolar encontram-se incluídos no processo escolar.

Contudo, ainda que no decorrer dos últimos anos, o número de inscrições no ensino público demonstrou um aumento acentuado, seja em instituições municipais, estaduais ou federais. Ainda assim, tais dados não podem ser levados em consideração se não forem contextualizados com as condições precárias na qual se encontra o ensino público, pois uma interpretação equivocada pode gerar uma série de aberrações históricas.

Para nós, do Fórum de Educadores, o processo de sucateamento e dilapidação do ensino público é uma política de caráter estratégico por parte da burguesia visando consolidar o processo de privatização do ensino. Neste sentido, a tática utilizada pelo Estado é propagandear e difundir as condições precárias que se encontra a rede estadual e municipal de ensino, a falta de professores, instalações insalubres, a ausência de esgoto e água potável em inúmeras escolas, a ausência de instrumentos pedagógicos para auxiliar o aprendizado (bibliotecas, laboratórios, auditórios...); enfim, condições estas de suma importância para que se desenvolva um bom aprendizado.

Este receituário tem sido uma prática bastante peculiar em relação à opinião publica para implementar os seus interesses de repassar o ensino público para as mãos de instituições privadas, como o caso das O.S.s1 no governo de Eduardo Paes, no Rio de Janeiro.

Ora, se o desmantelamento da rede municipal e estadual é um fato incontestável, na rede federal não podemos dizer o mesmo, os Colégios de Aplicação (CAPs) são centros de excelência, com verbas volumosas encaminhadas pelo governo federal, que favorecem um bom aprendizado, com bibliotecas atualizadas, laboratórios com equipamentos de última geração, ensino em tempo integral, professores com exclusividade de tempo e com remuneração acima da média, ou seja, um ambiente bastante propício para um estudo prazeroso. Porém, essas instituições federais restringem-se a poucos, já que o seu acesso, ora de dá por concursos ou através de sorteios, que em muitos casos, é um processo viciado. Nesse sentido a imensa maioria da população desconhece as datas de inscrições, além da falta de condições financeiras que impossibilitam realizar a inscrição que lhe dará direito ao sorteio. Em suma, para a classe média, a burguesia proporciona condições confortáveis para o seu pleno desenvolvimento, já que os mesmos são potenciais consumidores de novas tecnologias do mercado.

Portanto, podemos chegar a conclusão de que, mesmo que os números ultrapassem a margem de 95% de “inseridos” no processo educacional, para nós do Fórum, nada representa, pois o acesso a informação e o conhecimento continuam restritos a poucos.

Ora, que poucos são estes que estamos falando?

Se levarmos em consideração que 4/5 da humanidade são vistos como descartáveis para o capital, concluímos que as condições de uma vida prazerosa restringiram-se a poucos. Estes detêm 85,2% da riqueza mundial e desfrutam de mais de 97% dos bens de consumo produzidos pela humanidade, enquanto que, o proletariado detém somente 1% da riqueza global.

Portanto, como podemos observar que a vida foi reduzida a poucos, enquanto milhares de seres humanos têm suas vidas usurpadas diariamente, e os que sobrevivem a este massacre, estão condenados a uma vida de miséria.

E nós, de que lado estamos?

Nós, do fórum, não visualizamos nenhuma dicotomia e nenhum disparate por parte do Estado nas condições oferecidas que condicione um desenvolvimento pleno do aprendizado, visto que, ao proletariado, constituem-se condições subumanas e de difícil acesso a informação, pois o objetivo é torná-lo passivo e subserviente, para melhor atender aos interesses do capital, portanto, a educação é um instrumento utilizado para disciplinar a classe proletária, e para isto, o conhecimento é posto fora de alcance. E esta lógica caminha concomitante a vários outros instrumentos, como os meios de comunicação e o próprio Estado, de forma articulada, visando a perpetuação da classe dominante no poder.

Em suma, o projeto político pedagógico de educação popular deve ser um instrumento para contrapor este modelo de produção repressivo e explorador, voltado para atender aos indivíduos que constituem a classe proletária, e tem a função de promover a consciência crítica através da socialização do conhecimento, formando nossa identidade como classe, ou seja, uma educação emancipadora e difundida a partir do convívio social. Estamos, portanto, do lado da nossa classe, o proletariado2

Sendo assim, é fundamental que nosso projeto seja construído tendo como base o ser humano e o estudo das interações sociais, que definem o indivíduo, ou seja, ter conhecimento de sua realidade e as condições sociais existentes, para então, promover um processo de formação sustentável que vise à transformação da sociedade. O que requer compromisso, pois temos que ter a consciência de que esta construção se dará em longo prazo, contudo, não devemos nos conformar e incorporar esta premissa para prolongar nosso projeto. Se faz necessário e urgente nos posicionar. Neste sentido a educação popular deve ser pensada como forma contínua de aprendizado, ou seja, educação é a própria vida do ser humano, e com isto, deve possibilitar que o proletário se reconheça com sujeito principal na construção da história da humanidade, para a partir deste ponto, posicionar-se frente a este sistema perverso e por fim a exploração do homem pelo homem.

José Roberto Magalhães e Marlana Rego Monteiro dos Santos
Prés Populares – Fórum de Educadores Populares

1. O.S.s – Organizações Sociais...

2. Para os marxistas, existem duas classes sociais autônomas políticamente no modo de produção capitalista: a burguesia, constituída pelos donos dos meios de produção e o proletariado, constituído pelos trabalhadores que fabricam mercadorias a partir da venda da sua força de trabalho. Vale ressaltar que a venda da força de trabalho não está limitada a venda para um empresário capitalista, um pequeno proprietário de terras ou de comércio permanece vendendo sua força de trabalho apesar de não possuir um chefe e ser dono dos meios de produção ou detentor do capital intelectual que está utilizando em seu trabalho. Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_trabalhadora).


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A inserção de estudantes de origem popular nos encontros de história

Para: FEMEH – Federeção do Movimento Estudantil de História

06/12/09


O FEOP (Fórum de Estudantes de Origem Popular) é um espaço de discussão e proposição no que tange às questões que envolvem acesso e permanência de estudantes de origem popular (eop's) na universidade pública brasileira. O Fórum congrega em sua maior parte estudantes dos cursos de Licenciatura, inclusive História. Não por coincidência, mas porque em sua maioria, as/os estudantes de origem popular se concentram nos são cursos de menor concorrência no vestibular e, infelizmente, menor pretígio social e remuneração.

Outras características das/os eop's é serem a primeira geração de universitaŕias/os na família; são oriundos/as de espaços populares (periferia, favela, zona rural, entre outros); valorização do saber não-científco; e baixa renda familiar que reflete na dificuldade econômica de se manterem na universidade (transporte, cópia, impressões, alimetação, etc). Neste ponto, se destaca a assistência estudantil1.

Apesar de ser um direito e de ser essencial a muitos estudantes, a assistência estudantil é tratada como assitencialismo e com grande descaso pelos gestores e gestoras das universidades. Mesmo com a luta histórica do movimento estudantil para a efetivação de direitos como casa de estudantes, restaurante universitário, ônibus, copiadora, creche etc, esses direitos nem sempre são garantidos e quando o são é preciso uma luta permanente para mantê-los com qualidade.

Paralelamente, a educação universitária não se limita aos muros da universidade. A participação em atividades extra-curricular como a pesquisa, a extenção, cursos complementares e o movimento estudantil é importante para a formação cidadã e profissional de todos e todas estudantes.

Neste sentido, o Fórum de Estudantes de Origem Popular trás a proposta para a Federação do Movimento Estudantil de História que nos encontros estudantis de história as e os estudantes de origem popular tenham isenção na taxa de inscrição do referente encontro e assim, condições de acompanhar e participar cada vez mais de sua realidade acadêmica e do movimento estudantil, democratizando – de forma prática – o ensino superior2.

O Movimento Estudantil de História – que há muito denuncia a elitização do ensino superior e propõem uma universidade voltada para a classe trabalhadora – não pode se furtar de fazer uma autocrítica e refeltir sobre as diversas medidas de ações afirmativas3 que as universidades brasilieras tem adotado afim de garantir às/aos estudantes de origem popular o direito de cursar e concluir com qualidade o ensino superior. Não será só com discussões, mas com práticas cotidianas que construiremos uma universidade popular e uma sociedade igualitária.


Cordialmente

Danilo Kamarov

Representante nacional do Feop

feop.blogspot.com / feopbrasil@gmail.com


1 Assistência estudantil é um conjunto de princípios e diretrizes que norteiam a implantação de ações para garantir o acesso, a permanência e a conclusão de curso dos estudantes das IFES, na perspectiva de inclusão social, formação ampliada, produção de conhecimento, melhoria do desempenho acadêmico e da qualidade de vida. (Art. 1º , Da Definição e dos Princípios, Cap. I da Proposta de Resolução do Conselho Universitário que estabelece a política de assuntos estudantis da Universidade Federal de Uberlândia – UFU).

2Ver no anexo propostas para efetiva a isenção.

3 As Ações afirmativas constituem medidas especiais e temporárias que buscam remediar um passado discriminatório, objetivam acelerar o processo com o alcance da igualdade substantiva por parte dos grupos socialmente vulneráveis, como as minorias étnicas e raciais, entre outros grupos. (Flávia Piovesan, 2004).



ANEXO 1


PROPOSTA PARA EFETIVAR A ISENÇÃO DE ESTUDANTES DE ORIGEM POPULAR NOS ENCONTROS DE HISTÓRIA


Alguns elementos para nortear a política de isenção:


a) O período de isenção será divulgado e realizado com antecedência.

b) Terá direito à isenção o/a estudante que comprovar mediante declaração da instituição de ensino superior ou da respectiva entidade estudantil representativa na qual reconhece o/a estudante como beneficiária de politica de assistência estudantil ou de ação afirmativa.

As entidades podem ser o FEOP e a SENCE; o Conselho de Residêntes, Associação de Casas de Estudantes, a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, o Departamento Universitário ou órgão institucional equivalente.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

IV Seminário Local do Programa Conexões de Saberes UFPE



O evento acontecerá no dia 10 de dezembro de 2009 no auditório do CCSA.

O tema do encontro será abordado na palestra "Educação Popular: extensão, ensino e pesquisa por um engajamento social".
O evento conta também com os grupos temáticos:
a) Políticas afirmativas
b) Gênero
c) Cultura e identidade
d) Comunicação popular e comunitária
e) Educação: por uma outra forma de ensino
f) Desenvolvimento local e sustentável

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enviado por Marcus na lista do conexoes brasil

IV Seminário Local do Programa Conexões de Saberes e Escola Aberta da UFC

Acontecerá no campus do PICI no dia 21 de dezembro de 2009 no auditório da PROGRAD (biblioteca central).
Com o tema CONSTRUINDO NOVOS CAMINHOS, teremos uma mesa e uma palestra sobre "Alimentação para uma sociedade sustentável".

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Enviado pela lista do conexoesbrasil por Arneide
danilo feop/se
sencenne coord. regional

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Reitores de cinco universidades federais elaboram documento em defesa das ações afirmativas

JC e-mail 3896, de 24 de Novembro de 2009
Relatório dos programas já implantados nas federais de São Carlos, Brasília, Bahia, Pará e Paraná será encaminhado ao STF.

No último dia 17 de novembro, os reitores de cinco instituições federais de ensino superior - UFSCar, UnB, UFBA, UFPA e UFPR - estiveram reunidos em Brasília para discutir os programas de Ações Afirmativas em andamento em suas instituições.

O encontro foi convocado pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), que, desde o final de 2007, coordena projeto que visa consolidar um fórum interinstitucional em defesa das ações afirmativas, com financiamento de US$ 1,5 milhão da Fundação Ford.

Além da criação do Fórum, os recursos também estão sendo utilizados em ações de apoio a permanência na Universidade dos estudantes ingressantes pelas ações afirmativas. Outro eixo de atuação do projeto é a formação de uma rede de pesquisadores que desenvolvem trabalhos sobre ações afirmativas.

Na reunião da semana passada, a principal pauta foi a elaboração de um documento pelos reitores de instituições que já têm seu Programa de Ações Afirmativas em andamento, o que deve ser feito nas próximas semanas.

O documento deve abordar os resultados positivos desses programas, particularmente no que diz respeito ao desempenho acadêmico dos estudantes que ingressam pelo sistema de reserva de vagas e, também, à contribuição fundamental das ações afirmativas à promoção da diversidade e ao combate ao preconceito no ensino superior.

A elaboração do documento foi motivada pelo fato de que, em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá julgar a constitucionalidade do sistema de cotas adotado pela UnB.

O assunto entrou na pauta do STF em julho deste ano, quando o partido Democratas (DEM) entrou com pedido de liminar tentando impedir a matrícula de cotistas aprovados no último vestibular da universidade.

Para março do próximo ano, inclusive, estão previstas audiências públicas sobre o tema, nas quais o documento elaborado pelos reitores deverá embasar a participação da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) nesse processo.

Mais informações sobre os programas de Ações Afirmativas das instituições que participaram da reunião podem ser conferidas nos seguintes sites:

UFSCar: www.acoesafirmativas.ufscar.br
UnB:
www.unb.br/admissao/sistema_cotas
UFBA:
www.prograd.ufba.br/acoes_afir.asp
UFPA:
http://www.ceps.ufpa.br/
UFPR:
http://www.nc.ufpr.br/

(Informações da Assessoria de Imprensa da UFSCar).

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Enviado por Jesiel do conexões UFBA
danilo, feop/se
Sencenne coord. regional

Lei de cotas para universidades é declarada constitucional

Uma boa notícia...
Afroabraços...
Notícia publicada em 18/11/2009 18:03

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio declarou nesta quarta-feira, dia 18, que a lei estadual 5.346/2008, que instituiu o sistema de cotas para ingresso nas universidades estaduais, é constitucional. Por maioria de votos, os desembargadores acompanharam a posição do desembargador Sergio Cavalieri, relator da ação direta de inconstitucionalida de, para quem a norma aprovada pela Assembléia Legislativa não fere o princípio da igualdade.

A lei, que entrou em vigor em dezembro de 2008, beneficia estudantes carentes negros, indígenas, alunos da rede pública de ensino, portadores de deficiência física e filhos de policiais civis e militares, bombeiros militares e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão do serviço. Seu prazo de validade é de 10 anos.

A ação, com pedido de liminar, fora proposta pelo deputado estadual Flavio Bolsonaro. Em maio deste ano, ao examinar o pedido de liminar, o Tribunal de Justiça suspendeu os efeitos da lei. No mês seguinte, diante de uma questão de ordem suscitada pelo Governo do Estado, e para evitar prejuízos aos estudantes que já estavam inscritos nos vestibulares deste ano, os desembargadores decidiram que a suspensão entraria em vigor a partir de 2010.

Nesta quarta-feira, ao julgar o mérito da ação, o desembargador Sergio Cavalieri - que participou de sua última sessão no Órgão Especial em razão de sua aposentadoria - adotou em seu voto os pareceres da Procuradoria Geral do Estado e da Procuradoria de Justiça em favor da constitucionalidade da lei.

Segundo o desembargador, a "igualdade só pode ser verificada entre pessoas que se encontram em situação semelhante". E emendou: "Há grupos minoritários e hipossuficientes que precisam de tratamento especial. Se assim não for, o princípio da isonomia vai ser uma fantasia".

Ainda de acordo com o relator, não há igualdade formal sem igualdade material. Ele defendeu que ações afirmativas como as cotas e a reforma do ensino básico não são medidas antagônicas e classificou de simplista a afirmação de que a política de cotas fomentaria a separação racial.

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Enviado por Hélen Barcellos na lista do Fonajune (Forum Nacional da Juventude Negra)
danilo, feop/se
sencenne coord. regional

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

III Feop RJ - Trabalhos aprovados


III FEOP RJ 2009 – Lista de trabalhos

1- Eixo: Identidade, gênero e diversidade

  • Identidade dos Alunos do Cursinho Pré-Vestibular: Programa Conexões de Saberes da UFMS - Campus Do Pantanal

Autora: Jussara Silva dos Santos
E-mail: jussarinha_23@hotmail.com

Instituição: UFMS


  • A construção da identidade de cor e raça nos territórios marginalizados do Rio de Janeiro – Notas

Autor: Breno do Nascimento Gonçalves Mendes
E-mail: brenomendes@gmail.com

Instituição: IPEAFRO e Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro


2- Eixo: Ações Afirmativas

  • Cursos pré-vestibulares Comunitários: novos atores sociais, antigas reivindicações

Autor: Élson Luiz Barbosa Filho
E-mail: elbfilho@gmail.com

Instituição: Unirio


  • Conexões de Saberes e o Programa de Ações Afirmativas na UFSC

Autoras/or: Amanda Alessandra Valinkevicius
E-mail: valink@ig.com.br

Cristiane Lucy Machado
E-mail: crys_tiane22@hotmail.com

Gabriel Bedin Slevinski

Laura Paola Ramos Alves
E-mail: jannisdylan@hotmail.com

Monique Nicoli Costa
E-mail: monique_nicoli@hotmail.com

Tatiana Dos Reis Calixto
E-mail: tattyrcalixto@hotmail.com

Instituição: UFSC


  • Projeto Conexões de Saberes: Território Museu Comunitário da Lomba do Pinheiro, Porto Alegre

Autoras/es: Camila Albani Petró

Daniele Espíndola de Oliveira

Israel Barros Moreira

Marta Helena Rosa de Assis
E-mail:
martahelena_assis@hotmail.com

Rafael Mônaco Papageorgiou

Tatiane Aparecida Garrido

Instituição: UFRGS


3- Eixo: Política Pública Educacional

  • O Impacto do Ingresso dos Estudantes de Origem Popular na Universidade Federal de Sergipe

Autoras/es: Agnaldo dos Santos

Alizete dos Santos

Bruno da Silva Santana
E-mail: danilokamarov@gmail.com

Catia Matias dos Santos

Helenilza Joelma da Costa Santos

José Leidivaldo de Oliveira

Tiago do Rosário

Instituição: UFS



Atenciosamente
Comissão Organizadora

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Inscrições Abertas - II EIV - Sergipe

As inscrições para o II EIV - Sergipe estão abertas. Para fazer sua inscrição é simples:

Acessem o blog da FEAB - Federação de Estudantes de Agronomia do Brasil

- Baixe a ficha de inscrição AQUI (Ficha de Inscrição)

- Preencha- Envie para o e-mail do EIV até 06 de dezembro (domingo): eivsergipe@gmail.com

- Aguardar, que enviaremos o e-mail de confirmação da inscrição até o dia 10/12 (quinta-feira)

*Fiquem atentos as "Observações e Informações Importantes" que estão na ficha.

Maiores informações: http://www.eiv-sergipe.blogspot.com/

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danilo, feop/se
sencenne coord. regional

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Blog Residentes da UFRN - Residência Universitária

Divulgamos aqui o blog de Residentes da UFRN. Muito bacana mesmo, textos, videos e noticias. Segue abaixo uma mensagem bem interessante.

Movimentos sociais na Residência Universitária

Com o intuito de uma melhor formação política e um pensamento crítico a cerca das informações e acontecimentos que são cada vez mais rápidos, decorrentes da revolução tecnológica e cientifica do século XXI, estamos desenvolvendo o movimento denominado, “Movimentos sociais na Residência Universitária”. Além do intuito de formação política temos o objetivo de desenvolver nos estudantes de origem popular, os Residentes, uma maior identificação com a Residência Universitária.

Esse Movimento que teve início no dia 24/09 na Residência Campus II e contou com a participação do ex-residente e hoje Pró-Reitor de Extensão Cipriano Maia teve uma ótima participação e foi bastante proveitoso. Ele nos relatou fatos históricos ocorridos no período em que foi residente. Podemos perceber que outrora a Residência fora o lócus do movimento estudantil, um lugar de extrema efervescência política, coisa que hoje não conseguimos mais enxergar.

Na noite do dia 08/10, tivemos mais um encontro, desta vez com o ex-residente e hoje Profº. Do Departamento de Ciências Sociais, Alex Galeno, que nos presenteou com uma fala muito boa a cerca dos movimentos sociais e em específico os movimentos na Residência. Tivemos a oportunidade de conhecer as lutas do passado, e percebermos que algumas das nossas lutas ainda permanecem, como por exemplo, a luta pelas residências campus III e IV. Ver a possibilidade de depois de muitos anos esse projeto está se tornando realidade nos remete a importância de se ter em 2010 a continuidade de um governo de esquerda, pois sabendo que o Reuni é uma política de governo sua permanência depende substancialmente da continuidade desse governo.

Por fim convidamos todos os companheiros/as para se integrarem a essas discussões que só nos proporcionam benefícios e que muito contribui para nossa formação política, social, pessoal e profissional. Convidamos todos a estarem participando de forma veemente dos assuntos das Residências, para que só assim possamos formar uma identidade e uma capacidade crítica de observação dos acontecimentos que nos circundam.


Luiz Gomes – Pedagogia, UFRN

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danilo, feop
sencenne coord. regional

terça-feira, 3 de novembro de 2009

IV Seminário PCS Unirio 05/11

IV Seminário Local do Programa Conexoes de Saberes - Unirio (RJ)
DATA: 05/11 (quarta) 13h
LOCAL: Auditório Vera Janacopulos (prox. reitoria)


Programação Oficial:
IV Seminário Local do Programa Conexões de Saberes-UNIRIO.

Tema
”DESAFIOS DA PERMANÊNCIA ESTUDANTIL NA UNIVERSIDADE PÚBLICA”

13:00 –Credenciamento.
Abertura com Hino Nacional.

14:00- Mesa de Abertura.
Mediadora: Chaiene Cruz de Oliveira- Representante dos Bolsistas
Profº Diógenes Pinheiro- Coordenador do Programa Conexões de Saberes;
Profº Luciano Pires Maia- Pró-Reitor de Extensão e Cultura;
Joyce Dias do Nascimento- Representante do FEOP-Unirio;

14:30- Mesa: “Um Balanço das Políticas de Permanência Estudantil das IFES Fluminense.”
Mediadora: Profº Maria Elena Viana Souza.
Convidados:
Profª Mônica Valle de Carvalho-Responsá vel pela Assistência Estudantil da UNIRIO;
Profª Telma Fernandes B.Gil – Assistente Social da Divisão de Assistência ao Estudante- DAE/Pró-Reitoria de Graduação da UFRJ;
Profª Jovina Maria de Barros Bruno –Diretora do Departamento de Assuntos Comunitários da UFF.

16:00- Mesa: “Caminhada reflexiva do sucesso dos Estudantes de Origem Popular na UNIRIO”.
Mediadora: Profº Luciana Campos Golarte.
Convidados: ex-bolsistas do Programa Conexões de Saberes
Profº Antônio Angirlúcio de Oliveira- Historiador
Fabíola Estrela Dias – Museóloga
Francisco de Paula Araújo – Bibliotecário

16:30- Atividade Cultural: Trindalata- grupo de percussão em lata de São Gonçalo

17:30- Lançamento do Livro “CAMINHADAS-PCS/ UNIRIO”

18:00- Encerramento com um coquetel.

OBS: Os pôsters de todos os bolsistas que já apresentaram deverão estar expostos!

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Queria muitchão tá nesse =)

Enviado por Sabrina do Feop-Unirio
Danilo, feop/se

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

III FEOP RJ - Programação


PROGRAMAÇÃO

Dia 20/11/2009 – Sexta-feira

08:00 - Credenciamento

09:00 – 09:30 – Mesa de Abertura
Ministro João Paulo Reis Velloso – Fórum Nacional
Profa. Leonor Araújo – SECAD/MEC (à confirmar)
Profa. Elisa Larkin – IPEAFRO
Prof. Diógenes Pinheiro – Programa Conexões de Saberes/UNIRIO
Profa. Carmen Teresa Gabriel - Programa Conexões de Saberes/UFRJ (à confirmar)
Prof. Jailson de Souza e Silva – Observatório de Favelas RJ
Profa. Olívia Chaves - Programa Conexões de Saberes/UFRuralRJ
Prof. Bruno Santana – Representante Nacional - FEOP


09:30 às 10:00

Conferência de Abertura – “Desenvolvimento e Inclusão: a importância do Ensino Superior”

Ministro João Paulo Reis Velloso – Fórum Nacional

10:00 às 12:00 – Mesa: Cotas estigmatiza! Mito ou realidade?
Profa. Leonor Araújo – SECAD/MEC (à confirmar)
Profa. Elisa Larkin – IPEAFRO
Profa. Maria Elena – UNIRIO
Profa. Andréa Costa – UNIRIO

12:00 às 14:00 – Almoço

14:00 às 17:00 – Exposição dos Trabalhos (Pôsteres)

14:00 às 16:00 – Mesa: Ações Afirmativas nas IFES: agenda propositiva dos Movimentos Sociais
Prof. Alexandre Nascimento – PVNC
Bruno Santana – FNEOP
Fórum de Educadores Populares (à confirmar)
Coletivo Sankofa (à confirmar)


Dia 21/11/2009 – Sábado

09:00 às 12:00 - Grupos de Discussão

Tema Norteador - Cota Estigmatiza! Mito ou realidade?

12:00 às 14:00 – Almoço


14:00 às 16:00 – Plenária Final


Dia 22/11/2009 – Domingo

09:00 – 12:00 – Atividade Cultural – Turismo Étnico pelo Centro do Rio de Janeiro

Coordenação Executiva


Fórum de Estudantes de Origem Popular – RJ
Tel: (21) 8156-5790 / 98467440 / 94111918
E-mail: feopbrasil@gmail.com / feopbrasil@yahoogrupos.com.br

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

III FEOP RJ (20 a 22/11/09) Edital de submissão de trabalhos

Fórum Nacional de Estudantes de Origem Popular
Clique para baixar o
EDITAL DE SUBMISSÃO DE TRABALHOS

III Encontro do Fórum de Estudantes de Origem Popular – FEOP
“Cota Estigmatizada! Mito ou realidade?”

A Comissão organizadora torna público o procedimento de inscrição para submissão de trabalhos a serem expostos nos dias 20 e 22 de novembro de 2009.

O Fórum Nacional de Estudantes de Origem Popular é uma iniciativa dos bolsistas e ex-bolsistas do Programa Conexões de Saberes – diálogos entre a universidade e as comunidades populares. Busca-se através deste espaço pensar, propor e avaliar políticas de acesso e permanência para estudantes de origem popular nas universidades públicas brasileiras. A construção de uma rede sociopedagogica formada por Movimentos Sociais, Atores e Autores sociais que possam contribuir para a formulação dessas políticas públicas de ação afirmativa. Assim sendo, a apresentação dos trabalhos neste espaço deverão decorrer sobre os seguintes temas: movimentos sociais; espaços populares, estudantes de espaços populares e universidades.

Os trabalhos a serem submetidos devem ser na forma de resumo expandido elaborados em português. O resumo deverá destacar um dos eixos temáticos citados abaixo, que se relacionam ao tema central do Encontro:

1) Identidade, gênero e diversidade;

2) Ações Afirmativas;

3) Racismo, preconceito, discriminação e Ações Afirmativas;

4) Política Pública Educacional.


NORMAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO

A - FORMATAÇÃO BÁSICA

Usar editor de texto Word for Windows, papel A4, margens superior e esquerda de 3cm, inferior e direita de 2cm, fonte Times New Roman, tamanho 12 para o texto e 10 para as citações longas e notas de rodapé. Parágrafo com 1,25 na primeira linha. Espaço entrelinhas 1,5.
Título: Centralizado, maiúsculo, negrito e tamanho 14.
Autores: Colocar após o título. Nome, seguido de sobrenome, em letras minúsculas com alinhamento à direita. Cada nome deve ter uma nota de rodapé com numeração onde deverá constar a formação, titulação, instituição de origem e endereço eletrônico. O autor deverá estar inscrito no III Encontro do Fórum de Estudantes de Origem Popular.


B - RESUMO EXPANDIDO

Deve conter até 2 páginas. Deverá ser apresentado contendo o tema central do trabalho, objetivos, metodologia, resultados, principais conclusões e referências bibliográficas. Deverá ser digitado em espaço 1,5 e fonte tamanho 12.


C - PRAZO E FORMA DE ENVIO DE TRABALHOS

Os trabalhos devem ser enviados on line no endereço feopbrasil@gmail.com até a data-limite de 25 de outubro de 2009, assim que efetivar sua (acessar ficha de inscrição no blog FEOP - (http://feop.blogspot.com). Na ficha de inscrição não se esqueça de indicar o eixo temático do trabalho.
Os resumos inscritos serão analisados e a listagem com o resultado estará disponível no blog, a partir de 06 de novembro de 2009, com título dos trabalhos aceitos e nome dos autores. As cartas de aceite dos trabalhos aprovados serão enviadas por email nos dias 07 e 08 de novembro.


D - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Inserir aqui as referências bibliográficas em fonte Times New Roman, em corpo 11 (onze), com espaçamento simples entre as linhas. As referências bibliográficas, no fim do trabalho, devem ter os dados completos e seguir as normas da ABNT para trabalhos científicos
De acordo com o espaço disponível para o evento, serão selecionados até 20 trabalhos a serem expostos em forma de pôster.


E – PARA ORGANIZAÇÃO DO PÔSTER

Os textos devem ser legíveis a uma distância mínima de um metro. Não é obrigatória a impressão em plotter, mas o pôster deve possuir características de um cartaz. Tamanho: largura de 90 cm e altura de 100 cm
Deve constar:
1. Cabeçalho (nome do autor e co-autor, instituição e e-mail);
2. Fundamentação teórica,
3. Citações de trabalhos prévios e outras informações importantes;
4. Procedimentos metodológicos;
5. Resultados;
6. Conclusões;
7. Referências e bibliografia.

É permitida a utilização de figuras, tabelas, fotos, gráficos e esquemas possíveis, que são mais bem apresentados com uma dimensão mínima de 20 cm por 25 cm.
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Enviado pelo Comissão Organizadora do III FEOP RJ
danilo feop

terça-feira, 6 de outubro de 2009

III FEOP RJ (20 a 22/11/09) Ficha de Incrição

Baixe aqui a ficha de inscrição.

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Enviado pela Comissão Organizadora do III FEOP RJ
baixe aqui o convite, o cartaz e o edital de apresentação de trabalhos.

danilo, feop/se
sencenne coord regional

III Fórum de Estudantes de Origem Popular do RJ - 20 a 22/11 - no Observatoio de Favelas





Baixe aqui os documentos referentes ao III FEOP RJ.
Convite, Cartaz, Ficha de Inscrição e Edital de apresentação de trabalho.

Si se calla el cantor...calla la vida

Mercedes Sosa cantava...

"Si se calla el cantor calla la vida
porque la vida, la vida misma es todo un canto
si se calla el cantor, muere de espanto
la esperanza, la luz y la alegría."

"Mi guitarra compañero habla el idioma de las aguas de las piedras de las cárceles del miedo del fuego y de la sal.
Mi guitarra lleva el demonio de la ternura y de la tempestad es como un caballo que rasga el vientre de la noche besa el relámpago y desafia a los señores de la vida y de la muerte.
Mi guitarra es mi tierra compañero es el arado que siembra la oscuridad.
Mi guitarra es mi pueblo compañero."

hoje temos uma companheira a menos a cantar nossa América Latina...fará falta como outr@s tantos que ousaram falar da unidade latinoamericana.

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Enviado por Luigi numa das listas do movimento estdantil da UFS
danilo, feop/se
sencenne coord regional

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cotas: uma nova consciência acadêmica, artigo de José Jorge de Carvalho

C e-mail 3850, de 17 de Setembro de 2009

"A África do Sul, ainda nos dias do apartheid, já tinha mais professores universitários negros do que nós temos hoje"

José Jorge de Carvalho é professor da UnB (Universidade de Brasília) e coordenador do INCT de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa. Artigo publicado na "Folha de SP":

Enquanto cresce o número de universidades que aprovam autonomamente as cotas, a reação a esse movimento de dimensão nacional pela inclusão de negros e indígenas vai se tornando cada vez mais ideológica, exasperada e descolada da realidade concreta do ensino superior brasileiro.

Em um artigo recente ("O dom de iludir", "Tendências/Debates", 9/9), Demétrio Magnoli citou fragmento de um parágrafo de conferência que proferi na Universidade Federal de Goiás em 2001. Mas ele suprimiu a frase seguinte às que citou - justamente o que daria sentido ao meu argumento, que, da forma como foi utilizado, pareceu absurdo.

Sua transcrição truncada fez desaparecer a crítica irônica que eu fazia ao tipo de ação afirmativa de uma faculdade do Estado de Maine, nos EUA. O tema da conferência era acusar a carência, naquele ano de 2001, de políticas de inclusão no ensino superior brasileiro, fossem de corte liberal ou socialista.

Magnoli ocultou dos leitores o que eu disse em seguida: "Quero contrastar isso com o que acontece no Brasil. Como estamos nós? A Universidade de Brasília tem 1.400 professores e apenas 14 são negros". É 1% de professores negros na UnB.

E quantos são os docentes negros da USP? Dados recentes indicam que, de 5.434 docentes, os negros não passam de 40. Pelo censo de identificação que fiz em 2005, a porcentagem média de docentes negros no conjunto das seis mais poderosas universidades públicas brasileiras (USP, Unicamp, UFRJ, UFRGS, UFMG, UnB) é 0,6%.

Essa porcentagem pode ser considerada insignificante do ponto de vista estatístico e não deverá mudar muito, pois é crônica e menor que a flutuação probabilística da composição racial dos que entram e saem no interior do contingente de 18 mil docentes dessas instituições.

Para contrastar, a África do Sul, ainda nos dias do apartheid, já tinha mais professores universitários negros do que nós temos hoje. Se não interviermos nos mecanismos de ingresso, nossas universidades mais importantes poderão atravessar todo o século 21 praticando um apartheid racial na docência praticamente irreversível.

É esta a questão central das cotas no ensino superior: a desigualdade racial existente na graduação, na pós-graduação, na docência e na pesquisa. Pensar na docência descortina um horizonte para a luta atual pelas cotas na graduação.

Enquanto lutamos para mudar essa realidade, um grupo de acadêmicos e jornalistas brancos, concentrado no eixo Rio-São Paulo, reage contra esse movimento apontando para cenários catastróficos, como se, por causa das cotas, as universidades brasileiras pudessem ser palco de genocídios como o do nazismo e o de Ruanda!

Como não podem negar a necessidade de alguma política de inclusão racial, passam a repetir tediosamente aquilo que todos sabem e do que ninguém discorda: não existem raças no sentido biológico do termo.

E, contrariando inclusive todos os dados oficiais sobre a desigualdade racial produzidos pelo IBGE e pelo Ipea, começam a negar a própria existência de racismo no Brasil.

Fugindo do debate substantivo, os anticotas optam pela desinformação e pelo negacionismo: raça não existe, logo, não há negros no Brasil; se existem por causa das cotas, não há como identificá-los; logo, não pode haver cotas.

Raças não existem, mas os negros existem, sofrem racismo e a maioria deles está excluída do ensino superior. Felizmente, a consciência de que é preciso incluir, ainda que emergencialmente, só vem crescendo -por isso, a presente década pode ser descrita como a década das cotas no ensino superior no Brasil. Começando com três universidades em 2002, em 2009 já são 94 universidades com ações afirmativas, em 68 das quais com recorte étnico-racial.

Vivemos um rico e criativo processo histórico, resultado de grande mobilização nacional de negros, indígenas e brancos, gerando juntos intensos debates, dentro e fora de universidades. Os modelos aprovados são inúmeros, cada um deles tentando refletir realidades regionais e dinâmicas específicas de cada universidade.

Essa nova consciência acadêmica refletiu positivamente no CNPq, que acaba de reservar 600 bolsas de iniciação científica para cotistas. Se o século 20 no Brasil foi o século da desigualdade racial, surge uma nova consciência de que o século 21 será o século da igualdade étnica e racial no ensino superior e na pesquisa.

(Folha de SP, 17/9)

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enviado por Jesiel do Conexoes UFBA
danilo, feop/se

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Estudantes e movimentos sociais reivindicam campus no sertão sergipano

Estudantes e movimentos sociais reivindicam campus no sertão
Ato ocorreu na manhã desta terça, 18, no auditório da UFS
18/08/2009 - 14:51

Representantes de coletivos sociais pedem urgência na implantação do projeto

Debater a convivência com o semi-árido a partir do acesso da população à educação e resgate cultural do povo sertanejo. Essa foi a motivação de jovens e movimentos sociais para reivindicar a implantação de um campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no sertão sergipano, em ato ocorrido na manhã desta terça, 18, no auditório da UFS.

O projeto prevê implantação do novo campus no município de Nossa Senhora da Glória, visando atender ao médio e alto sertão sergipanos. Dessa forma, o acesso ao ensino superior contribuiria para a formação dos filhos de agricultores e camponeses sertanejos, que dificilmente conseguem se deslocar para a capital a fim de continuar os estudos.

Vice-reitor defende a importância do novo campus

O vice-reitor da UFS, professor Angelo Antoniolli, afirma que o modelo pedagógico proposto para a unidade de Nossa Senhora da Glória é diferente, integrando e envolvendo o aluno com as comunidades locais. "É preciso perceber que essa universidade está sendo construída para suprir o desejo de uma sociedade. Temos que oportunizar aos alunos de escolas públicas os cursos condizentes com a realidade em que vivem, organizando para que seja uma universidade do povo, e não de uma fatia da sociedade".

O coordenador geral da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), Vinícius Oliveira, graduando de Comunicação Social da UFS, afirma que não basta apenas o campus ser construído: "Precisamos também de condições de estudo e que a universidade esteja afinada com a necessidade de se fazer pesquisa e extensão".

O ato reuniu, também representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Urbanos Sem Teto (Motu), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), grêmios estudantis, coletivo Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), associação de pescadores e de jovens, Pastoral da Juventude do Meio Popular, e deputados estaduais.

Realidade da comunidade do semi-árido

A escassez de chuvas durante a maior parte do ano, a falta de políticas públicas e a desigualdade social faz com que a juventude do sertão não tenha condições para continuar os estudos. "O jovem não tem acesso à educação, à saúde e ao lazer. Para conseguir viver ele precisa sair de onde vive e vir para a capital", diz Fabio Andrey, representante do MST.

"O filho do agricultor não deve perder a sua origem e a sua identidade cultural. O que é difícil é conseguir romper com a concentração de renda e terras na região. Aos poucos o sertão está se desenvolvendo, e a universidade tem que estar dentro disso".

Desejo antigo

A mobilização para a construção do novo campus começou em 2005, resultando num projeto criado pela reitoria da universidade em sua segunda gestão. Alguns dos cursos a serem criados serão: Medicina Veterinária, Engenharia Florestal, Agronomia e cursos na área de licenciatura.

A próxima reunião sobre a reivindicação do campus será realizada em Porto da Folha no dia 9 de setembro. Segundo Bruno Balbino, representante do coletivo Juventude do Campo e da Cidade do Alto do Sertão, a reunião tentará articular parlamentares da bancada federal e estadual para discutir a implantação da proposta de um hospital veterinário na região do sertão.

Por Marianne Heinisch e Aldaci de Souza
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danilo, feop/se

UNIRIO: Você tem sede de quê? Mobilização pela água potável!

Encaminhando. ..

Quando estiver na Unirio está semana, percebi a dificuldade em permanecer lá sem água, ainda mais com o calor que fez no início da semana.

Normalmente, eu ando com garrafa para chegar de água, mas sem bebedouro o que fez?Pagar água? A cantina chegou a ficar sem estoque de água sem gás durante esta semana, e comprar fora da universidade o valor do produto é o dobro.

Além disso, foram instalados recipientes com alcool gel pelos campus, vocês acham que o alcool dura o dia inteiro?Imagine os custos com isso.

Acredito que a comunidade acadêmica tenha ciência dos cuidados com a gripe Influenza A, ainda mais com as diversas campanhas e programadas que nos bombardeam todos os dias.

Enfim, estou apoiando esta mobilização (no e-mail abaixo) que luta pelas condições necessárias aos estudantes de origem popular permanencerem com qualidade em minha universidade.

Atenciosamente,
Sabrina Almeida
PCS-Feop-Unirio


De: Henrique Dias
Assunto: Você tem sede de quê? Falta água para beber na UNIRIO!
Para: pedagogia_da_ unirio
Data: Quinta-feira, 20 de Agosto de 2009, 11:54


Você tem sede de quê?
Mobilização pela água potável!


A cada dia que passa nos estarrecemos com as medidas implantadas na Unirio. Agora estamos sem água para beber. Isso mesmo, não podemos beber água em nome de uma providência tomada pela Reitoria e pela Direção de Assuntos Comunitários e Estudantis para evitar a contaminação pela Gripe Influenza A (H1N1) - conhecida como gripe suína. Mas o mais impressionante é que na Reitoria os galões de água funcionam perfeitamente.

Ora, não temos bandejão, alojamento, bolsas de pesquisa, extensão e permanência para todos os estudantes que precisam e desejam, pagamos muito caro pela xerox e por uma alimentação precária em uma cantina com a licitação vencida, e para completar estamos sem água. Sabemos que as Políticas de Assistência Estudantil na Unirio são irrisórias. A crise de nossa Universidade é clara, temos salas superlotadas, sem maçanetas, banheiros sem fechadura nas cabines, chuveiros em péssimo estado, falta de professores. .. E nos perguntamos, não era o REUNI que resolveria tudo? Onde está a melhoria da Universidade? Onde estão os professores? Onde estão os novos prédios? E o tal do Restaurante- escola? Parece piada de salão. Mas o que havíamos denunciado quando o REUNI foi aprovado ilegalmente está acontecendo.

Estudantes não assistem aula por causa do atraso nos concursos públicos que não conseguem vencer a burocracia da universidade, professores do departamento de filosofia e ciências sociais foram quase “obrigados” a irem para outro Centro (através da mobilização de professores e estudantes isso não ocorreu!), continuamos a comer pessimamente com aquele P.A (prato do aluno) e a sopa (o primeiro referente ao almoço e o segundo seria uma janta) e a falta de professores continua, pois mesmo com a contratação de novos concursados, novos cursos foram e serão abertos, não correspondendo a demanda. Gastamos “rios” de dinheiro com passagem, xerox, alimentação.

É, parece que não querem nos deixar estudar e ainda dizem que dão condições para permanecermos na Universidade. Mas onde estão estas oportunidades? E como se não bastasse nem água temos agora, parece piada, pegadinha, mas infelizmente não é. Os estudantes e funcionários que chegam à Universidade ficam aqui durante horas, não tem direito a beber um gole d’água. Isto é algo nunca visto antes, uma Instituição de Ensino que não oferece água para beber. Estamos estarrecidos com a cara de pau destes que não nos oferecem o mínimo de condições para permanecermos na Universidade, mas ficam em suas salas com seus bebedouros a disposição.

Quando fomos à Direção de Assuntos Comunitários e Estudantis afirmaram que seria muito caro colocar galões de água iguais aos deles em toda universidade, mas para eles tudo bem, e para nós nada. Ou seja, quem quiser água agora tem que pagar.

O que queremos é claro, medidas de contenção para a não contaminação da doença pandêmica, porém com dignidade e respeito com a Comunidade Acadêmica!

CHAMAMOS PARA CONSTRUÇÃO DA MOBILIZAÇÃO PARA MOSTRAR TODA A INDIGNAÇÃO ESTUDANTIL. VAMOS ATÉ LÁ BEBER ÁGUA NOS GALÕES QUE DEVEM ESTAR TAMBÉM NO NOSSO CAMPUS! ESTUDANTES JUNTOS NOVAMENTE PARA COMBATER MAIS ESSE ATAQUE!

CHEGA, VAMOS DAR UM BASTA NESSES ABSURDOS!
EXIGIMOS ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL!
EXIGIMOS BEBEDOUROS COM GALÕES DE ÁGUA!
VIVA O MOVIMENTO ESTUDANTIL COMBATIVO E INDEPENDENTE!

Centro Acadêmico de Pedagogia Paulo Freire

danilo, ufs