terça-feira, 25 de agosto de 2009

Estudantes e movimentos sociais reivindicam campus no sertão sergipano

Estudantes e movimentos sociais reivindicam campus no sertão
Ato ocorreu na manhã desta terça, 18, no auditório da UFS
18/08/2009 - 14:51

Representantes de coletivos sociais pedem urgência na implantação do projeto

Debater a convivência com o semi-árido a partir do acesso da população à educação e resgate cultural do povo sertanejo. Essa foi a motivação de jovens e movimentos sociais para reivindicar a implantação de um campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no sertão sergipano, em ato ocorrido na manhã desta terça, 18, no auditório da UFS.

O projeto prevê implantação do novo campus no município de Nossa Senhora da Glória, visando atender ao médio e alto sertão sergipanos. Dessa forma, o acesso ao ensino superior contribuiria para a formação dos filhos de agricultores e camponeses sertanejos, que dificilmente conseguem se deslocar para a capital a fim de continuar os estudos.

Vice-reitor defende a importância do novo campus

O vice-reitor da UFS, professor Angelo Antoniolli, afirma que o modelo pedagógico proposto para a unidade de Nossa Senhora da Glória é diferente, integrando e envolvendo o aluno com as comunidades locais. "É preciso perceber que essa universidade está sendo construída para suprir o desejo de uma sociedade. Temos que oportunizar aos alunos de escolas públicas os cursos condizentes com a realidade em que vivem, organizando para que seja uma universidade do povo, e não de uma fatia da sociedade".

O coordenador geral da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), Vinícius Oliveira, graduando de Comunicação Social da UFS, afirma que não basta apenas o campus ser construído: "Precisamos também de condições de estudo e que a universidade esteja afinada com a necessidade de se fazer pesquisa e extensão".

O ato reuniu, também representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Urbanos Sem Teto (Motu), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), grêmios estudantis, coletivo Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), associação de pescadores e de jovens, Pastoral da Juventude do Meio Popular, e deputados estaduais.

Realidade da comunidade do semi-árido

A escassez de chuvas durante a maior parte do ano, a falta de políticas públicas e a desigualdade social faz com que a juventude do sertão não tenha condições para continuar os estudos. "O jovem não tem acesso à educação, à saúde e ao lazer. Para conseguir viver ele precisa sair de onde vive e vir para a capital", diz Fabio Andrey, representante do MST.

"O filho do agricultor não deve perder a sua origem e a sua identidade cultural. O que é difícil é conseguir romper com a concentração de renda e terras na região. Aos poucos o sertão está se desenvolvendo, e a universidade tem que estar dentro disso".

Desejo antigo

A mobilização para a construção do novo campus começou em 2005, resultando num projeto criado pela reitoria da universidade em sua segunda gestão. Alguns dos cursos a serem criados serão: Medicina Veterinária, Engenharia Florestal, Agronomia e cursos na área de licenciatura.

A próxima reunião sobre a reivindicação do campus será realizada em Porto da Folha no dia 9 de setembro. Segundo Bruno Balbino, representante do coletivo Juventude do Campo e da Cidade do Alto do Sertão, a reunião tentará articular parlamentares da bancada federal e estadual para discutir a implantação da proposta de um hospital veterinário na região do sertão.

Por Marianne Heinisch e Aldaci de Souza
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danilo, feop/se

UNIRIO: Você tem sede de quê? Mobilização pela água potável!

Encaminhando. ..

Quando estiver na Unirio está semana, percebi a dificuldade em permanecer lá sem água, ainda mais com o calor que fez no início da semana.

Normalmente, eu ando com garrafa para chegar de água, mas sem bebedouro o que fez?Pagar água? A cantina chegou a ficar sem estoque de água sem gás durante esta semana, e comprar fora da universidade o valor do produto é o dobro.

Além disso, foram instalados recipientes com alcool gel pelos campus, vocês acham que o alcool dura o dia inteiro?Imagine os custos com isso.

Acredito que a comunidade acadêmica tenha ciência dos cuidados com a gripe Influenza A, ainda mais com as diversas campanhas e programadas que nos bombardeam todos os dias.

Enfim, estou apoiando esta mobilização (no e-mail abaixo) que luta pelas condições necessárias aos estudantes de origem popular permanencerem com qualidade em minha universidade.

Atenciosamente,
Sabrina Almeida
PCS-Feop-Unirio


De: Henrique Dias
Assunto: Você tem sede de quê? Falta água para beber na UNIRIO!
Para: pedagogia_da_ unirio
Data: Quinta-feira, 20 de Agosto de 2009, 11:54


Você tem sede de quê?
Mobilização pela água potável!


A cada dia que passa nos estarrecemos com as medidas implantadas na Unirio. Agora estamos sem água para beber. Isso mesmo, não podemos beber água em nome de uma providência tomada pela Reitoria e pela Direção de Assuntos Comunitários e Estudantis para evitar a contaminação pela Gripe Influenza A (H1N1) - conhecida como gripe suína. Mas o mais impressionante é que na Reitoria os galões de água funcionam perfeitamente.

Ora, não temos bandejão, alojamento, bolsas de pesquisa, extensão e permanência para todos os estudantes que precisam e desejam, pagamos muito caro pela xerox e por uma alimentação precária em uma cantina com a licitação vencida, e para completar estamos sem água. Sabemos que as Políticas de Assistência Estudantil na Unirio são irrisórias. A crise de nossa Universidade é clara, temos salas superlotadas, sem maçanetas, banheiros sem fechadura nas cabines, chuveiros em péssimo estado, falta de professores. .. E nos perguntamos, não era o REUNI que resolveria tudo? Onde está a melhoria da Universidade? Onde estão os professores? Onde estão os novos prédios? E o tal do Restaurante- escola? Parece piada de salão. Mas o que havíamos denunciado quando o REUNI foi aprovado ilegalmente está acontecendo.

Estudantes não assistem aula por causa do atraso nos concursos públicos que não conseguem vencer a burocracia da universidade, professores do departamento de filosofia e ciências sociais foram quase “obrigados” a irem para outro Centro (através da mobilização de professores e estudantes isso não ocorreu!), continuamos a comer pessimamente com aquele P.A (prato do aluno) e a sopa (o primeiro referente ao almoço e o segundo seria uma janta) e a falta de professores continua, pois mesmo com a contratação de novos concursados, novos cursos foram e serão abertos, não correspondendo a demanda. Gastamos “rios” de dinheiro com passagem, xerox, alimentação.

É, parece que não querem nos deixar estudar e ainda dizem que dão condições para permanecermos na Universidade. Mas onde estão estas oportunidades? E como se não bastasse nem água temos agora, parece piada, pegadinha, mas infelizmente não é. Os estudantes e funcionários que chegam à Universidade ficam aqui durante horas, não tem direito a beber um gole d’água. Isto é algo nunca visto antes, uma Instituição de Ensino que não oferece água para beber. Estamos estarrecidos com a cara de pau destes que não nos oferecem o mínimo de condições para permanecermos na Universidade, mas ficam em suas salas com seus bebedouros a disposição.

Quando fomos à Direção de Assuntos Comunitários e Estudantis afirmaram que seria muito caro colocar galões de água iguais aos deles em toda universidade, mas para eles tudo bem, e para nós nada. Ou seja, quem quiser água agora tem que pagar.

O que queremos é claro, medidas de contenção para a não contaminação da doença pandêmica, porém com dignidade e respeito com a Comunidade Acadêmica!

CHAMAMOS PARA CONSTRUÇÃO DA MOBILIZAÇÃO PARA MOSTRAR TODA A INDIGNAÇÃO ESTUDANTIL. VAMOS ATÉ LÁ BEBER ÁGUA NOS GALÕES QUE DEVEM ESTAR TAMBÉM NO NOSSO CAMPUS! ESTUDANTES JUNTOS NOVAMENTE PARA COMBATER MAIS ESSE ATAQUE!

CHEGA, VAMOS DAR UM BASTA NESSES ABSURDOS!
EXIGIMOS ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL!
EXIGIMOS BEBEDOUROS COM GALÕES DE ÁGUA!
VIVA O MOVIMENTO ESTUDANTIL COMBATIVO E INDEPENDENTE!

Centro Acadêmico de Pedagogia Paulo Freire

danilo, ufs