Acredito ser do interesse de muitos este mateiral comercializado pela Sobá Livros.
Abraços,
Maria da Conceição de Carvalho
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De: Sobá Livraria & Café <sobalivros@uol.com.br>
Para:
Data: Quinta-feira, 4 de Junho de 2009, 17:06
Boa tarde,
Segue em anexo relação de DVDs sobre os Quilombos e Sinopses.
Quaisquer dúvidas gentileza entrar em contato.
Atenciosamente,
Erica / Rosane Pires
Sobá Livraria & Café
(31)3224-7655
sobalivros@uol.com.br
Belo Horizonte, 04 de junho de 2009.
Relação de DVD’s
1 – Eu vi Boa Morte Sorrir (Simone Castro) – Documentário sobre a “Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte”, mulheres negras religiosas que atuam desde o período da escravidão na cidade de Cachoeira – BA.
2 – Mulheres Negras (Márcia Meireles) – Depoimentos de militantes negras na década de 90: Sueli Carneiro, Raquel Oliveira e outras, refletindo sobre os efeitos do racismo em suas vidas cotidianas.
3 – Quando o Crioulo Dança? (Dilma Lopes) – Documentário com depoimentos de pessoas comuns sobre racismo, preconceito e discriminação na sociedade brasileira.
4 – O Atlântico Negro na Rota dos Orixás (Renato Barbieri) – Viagem no espaço e no tempo em busca das origens africanas da cultura brasileira. Historiadores, antropólogos, sacerdotes africanos e brasileiros relatam fatos históricos e dados surpreendentes sobre as inúmeras afinidades culturais e religiosas que unem os dois lados do Atlântico.
5 - A África antes da Invasão (Os Grandes Impérios e Civilizações) – A história visual do mundo africano: A África antes da colonização européia. Artes e História se entrecruzam nesse vídeo que é um verdadeiro oásis no deserto da história visual africana.
7 – Filhas de Zumbi (Anna Penido) – É uma mensagem às meninas em situação de risco, sobre os recursos que o seu próprio corpo oferece para sua sobrevivência através do canto, da dança e da poesia.
8 – Terras de Quilombo (Murilo Santos) – É um documentário sobre as comunidades negras rurais de Alcântara, no Maranhão, que discute o que ficou conhecido na literatura especializada como “ressemantização” do termo quilombo.
9 – A Negação do Brasil (Joel Zito Araújo) – Documentário de longa-metragem sobre os preconceitos, tabus e a trajetória do personagem negro nas telenovelas, o programa de maior audiência do horário nobre da televisão brasileira.
10 – Os Negros Querem Falar – Um relato fiel, sem retoques nem meias palavras da realidade do negro no Brasil, desde os porões do navio negreiro. Cenas fortes, ora ousadas ora poéticas e profundamente humanas. É o mais pujante e atual grito em favor dos direitos humanos, totalmente em benefício da raça negra.
11 – Quilombos Raízes Brasileiras (Armando Daudt / Milton Gonçalves) - Documentário bastante instigante no formato longa-metragem que retrata os diversos espaços ocupados pela população negra brasileira. Numa vibrante narrativa, Milton Gonçalves possibilita que a voz de negros e negras seja ouvida tornando-os sujeitos de sua história.
12 – Narciso Rap (Jéferson Dee) – História de dois meninos que encontram uma lâmpada mágica, o menino negro quer ser brando e rico e o menino branco quer tocar rap como os negros. Projeto voltado para a rede de ensino com o objetivo de discutir a questão do negro na sociedade.
13 – Olhos Azuis (Jane Elliot) – Exercício de reflexão operacionalizado por uma educadora norte-americana sobre as relações raciais naquele país. As atividades são desenvolvidas com crianças numa escola e, ainda, num Workshop com adultos brancos e negros, homens e mulheres.
14 – Uma Escola Muito Louca (Steve Miner) - Mark Watson, um rapaz branco não consegue sua bolsa de estudos na Universidade de Harvard. Para ocupar uma das vagas destinadas aos negros e estudantes de baixo poder aquisitivo ele toma uma pílula de bronzeamento intensivo e decide se passar por negro. Nesse processo ele descobre como é difícil ser negro em espaços onde há predominância da população e privilégios brancos.
15 – Kiriku e a Feiticeira - Kiriku é um garoto pequeno, mas muito inteligente e com dons especiais. Nasceu em uma pequena aldeia sobre a maldição da cruel feiticeira Karaba que secou as fontes de água e seqüestrou todos os homens da região. Encontrando amigos e seres fantásticos pelo caminho, Kiriku resolve combater a malvada feiticeira para salvar sua aldeia. História baseada em uma lenda da África Ocidental.
16 - Carlota Joaquina - A morte do rei de Portugal D. José I em 1777 e a declaração de insanidade de D. Maria I em 1972, levam seu filho D. João e sua mulher, a espanhola Carlota Joaquina, ao trono português. Em 1807, para escapara das tropas napoleônicas, o casal se transfere às pressas para o Rio de Janeiro, onde a família real vive seu exílio de 13 anos. Na colônia aumentam os desentendimentos entre Carlota e D. João VI.
17 - Joana D’Arc. - O filme retrata a figura de Joana D’Arc, através de uma aventura estilizada e uma versão mais humanizada do mito que se tornou a jovem de origem camponesa que conseguiu exaltar o nacionalismo francês, na luta contra os ingleses durante a Guerra dos 100 Anos (1337-1453).
18 - Quanto Vale ou é por quilo? - Livre adaptação do conto "Pai contra mãe" , de Machado de Assis, o filme traz à tona a permanência na atualidade de nosso passado escravista, deixando clara a impossibilidade de olhar o presente sem levar esse passado em conta, assim como as persistentes desigualdades econômicas, sociais e de direitos no país.
19 - Hotel Ruanda - Em meio a um conflito que matou quase um milhão de pessoas em menos de 4 meses, um homem abre o hotel que gerencia para abrigar a maior quantidade possível de pessoas.
20 - Rompendo o silêncio - Depois do divórcio, a operária Sun Liying vive com seu filho surdo Zheng Da. Os problemas começam quando o filho chega à idade escolar. O menino é reprovado no exame de admissão na escola e é espancado ao tentar se defender dos outros alunos. Seu aparelho de audição é danificado, complicando mais ainda a situação, já que a mãe não tem dinheiro para comprar um novo. O filme mostra encantos do caráter da mulher chinesa comum e os sentimento comovente entre a mãe e o filho.
21 - Sarafina - Em pleno Apartheid, numa escola de Soweto, em que o exercito patrulha de armas e as crianças gritam “Libertem Mandela, uma professora ensina história de uma forma censurável fugindo ao currículo aprovado pelo regime. Sarafina é uma aluna negra, que relata a história sobre a forma de uma carta dirigida a Nelson Mandela e que, como tantos outros adolescentes, se sente revoltada face às injustiças do sistema. Um sistema que as incentiva a estudar para terem uma hipótese de vida mas que nunca lhes explica declaradamente que nunca terão uma hipótese de igualdade social.
22 - Acorda Raimundo - E se as mulheres saíssem para o trabalho enquanto os homens cuidassem dos afazeres domésticos? Essa é a história de Marta e Raimundo, uma família operária, seus conflitos familiares e o machismo, vividos num mundo onde tudo acontece ao contrário.
23 – Cambinda Do Cumbe – Entre os canaviais, “a gente deixou de andar a pé”, a brincadeira passou a ganhar o mundo nas rodas do caminhão, veio a lei do Detran e de ônibus, “nós passou a andar”. Filmados, fotografados, na mídia, “hoje o maracatu aparece na televisão, o retrato da gente é tirado”, vendido sei lá onde... Deus sabe por quanto, “ e minha vida mudou em que?!”
24 - Olhares sobre quilombos no Brasil – 05 volumes
As imagens aqui compartilhadas, em forma de Documentário, são resultado do encontro entre a equipe de realização do documentário “Um Olhar sobre os Quilombos no Brasil” e as comunidades que vivem em cinco áreas remanescentes de quilombos em cinco diferentes regiões do Brasil: Gurutuba (região que compreende municípios no Vale do Rio Gurutuba, norte de MG), Comunidades de Jauari, Pancada, Espírito Santo (localizadas às margens do rio Trombetas, Oriximiná-PA), Comunidade de Mocambo (no sertão do São Francisco, entre SE e AL), Quilombos de Barra e Bananal, (incrustados nas encostas da Chapada Diamantina, BA), Ivaporunduva (em região que preserva 7% da Mata Atlântica Brasileira, Vale do Ribeira, SP).
Termo que remetia incontestavelmente ao passado histórico do Brasil colonial, associado às estratégias de luta da população negra pela desestabilização do regime escravista sob o qual se assentava a economia colônia-metrópole, o quilombo ressurge, contemporaneamente, a partir da luta dos movimentos sociais por direitos e reparação, ganhando significado presente e um uso importante no atual contexto das relações inter-étnicas e sociais e da luta pela terra no Brasil. A partir da Constituição de 1988, o termo é inscrito no artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para conferir direitos territoriais aos remanescentes de quilombos que estejam ocupando suas terras, sendo-lhes garantida a titulação definitiva pelo Estado brasileiro.
Os quilombos passam a ser o lugar de sujeitos históricos que existem no presente e têm, como condição básica, o fato de ocupar uma terra que, por direito, deverá ser em seu nome titulada. Isso significa empreendimento fundamental, de consequências revolucionárias para tais comunidades: “encontrar o lugar do passado no presente” (Sahlins apud O’Dwyer, 2002:14)[1]. Um tornar presente, que não significa a cristalização e objetificação do passado, os sujeitos dessa história nos ensinam que a relação com um passado que garante pertencimento e identidade, deve ser mediada pelas definições (representações) e ações (práticas) dos próprios grupos étnicos no presente. É preciso levar em conta as diferenças consideradas significativas pelos próprios sujeitos, sendo os critérios de pertencimento associados a sua auto-determinação. É assim que o quilombo pôde ser definido por integrantes das cinco comunidades que visitamos, de diferentes maneiras, todas elas importantes para a compreensão dos significados atribuídos ao termo hoje e para sua relevância na luta pela reparação das desigualdades raciais, como veremos nas atualizações e reapropriações do conceito que aparecem nos depoimentos e compõem o filme documentário.
Para além de uma função de mero registro da “realidade” das comunidades quilombolas contemporâneas, acreditamos que o documentário “presentificam” falas e imagens resultados de uma reflexão que quisemos fazer juntos, eles e nós, sobre acontecimentos do presente, sobre questões históricas do passado, sobre a luta política que aponta para o futuro. Reflexões com as quais, indubitavelmente, muito aprendemos: sobre um país complexo, surpreendente, rico e diverso culturalmente e no qual encontramos pessoas dispostas a conquistar mais igualdade étnica e social do que temos sido capazes de promover até aqui. A luta continua nos vários territórios ainda a titular. A história também.
25 – Família Alcântara - Documentário que conta a epopéia cultural da Família Alcântara, integrantes de uma tribo angolana, os wasili, que viviam em terras próximas de Luanda, atual capital de Angola há 240 anos atrás. O filme pretende relatar o início da família no Brasil, escravizada nas lavouras de cana-de-açúcar, e o processo de retomada de suas origens e identidade ao se preservarem ao longo de séculos como grupo e a cultivarem sua cultura, que expressam por meio da música, teatro e festas religiosas.
Enviado por Luciana pela lista do Conexões UFMG