sexta-feira, 29 de maio de 2009

Projeto COMUNIDADES POPULARES: reconhecendo e valorizando diferenças

Centro Educacional Prof. Samuel
COMUNIDADES POPULARES: reconhecendo e valorizando diferenças


APRESENTAÇÃO
As comunidade populares normalmente são apresentadas na grande mídia como favelas ou periferias. O problema aqui não é o termo e sim o estigma e a carga de preconceitos atribuída a esses espaços. Por outro lado, chamar de comunidade popular (e não periferia ou favela) é reconhecer o espaço pelo que ele tem de bom, de valoroso e não pelo o que ele não tem. Isso é uma ação afirmativa: reconhecer o diferente pelo seu valor e não pelos seus defeitos.

A partir do curta “Ilha das Flores” de Jorge Furtado inicia-se o debate sobre as desigualdades sociais, sobre a origem dos espaços populares e da realidade das/os moradoras/es destes locais. Contudo, o impacto de um vídeo desta natureza não substitui a ação em campo.

Levar as/os estudantes a visitarem espaços populares é um desafio que começa no momento da apresentação da atividade. Neste momento, as alunas e alunos externizam o que pensam sobre essas comunidades e podemos trabalhar os preconceitos formados a partir da visão de agentes exteriores como a grande mídia. Desconstruir a idéia de violência e marginalidade como característica predominante dos espaços populares é fundamental para a formação destas/es jovens no reconhecimento das desigualdades sociais enraizadas na sociedade brasileira e também em Aracaju.

Junto a isso, buscamos destacar que apesar da situação social precária, estas comunidades têm um conhecimento e sabedoria riquíssimos. Que cada morador e moradora tem uma trajetória de vida que deve ser valorizada. Reconhecer o modo de vida, os costumes, tradições e valores existentes nestes espaços é um grande avanço na afirmação de que somos iguais na diferença.

Ao aprendermos a identificar e valorizar as diversas identidades aprendemos também a nos inserir nesse caldeirão cultural que é a nossa realidade. Assim teremos melhores instrumentos para desconstruir preconceitos sobre uma realidade diferente. No mais, estaremos nos aproximando de outras realidades. De fato, devemos buscar saber o que nos une e não o que nos separa, pois isto é reconhecer todas/os como parte fundamental do povo brasileiro.

Metodologia: após análise do curta “Ilha das Flores” de Jorge Furtado fazer um trabalho contextualizando o filme e as discussões em sala de aula com as comunidades populares visitadas em Aracaju.

Objetivo Geral: A proposta desta atividade é despertar nas alunas e alunos a compreensão da diversidade social existente na sociedade brasileira que se reflete também na nossa realidade local, no espaço da comunidade escolar do CEPS: conjunto Bugio, Aracaju, Sergipe.

Objetivos Específicos:
- Fazer com que as alunas e alunos reconheçam a diversidade social, cultural e espacial da cidade em que vivem.- Fortalecer nas aulas e alunos o pensamento crítico.
- Estimular as alunas e alunos a valorização das diferenças.

Público alvo: alunas e alunos do 9º ano

Comunidades visitadas: cada grupo escolherá uma ou o professor indicará.

Professor Danilo, História.
Ex-bolsistas do Programa Conexões de Saberes: diálogos entre a universidade e as comunidade populares,
representante nacional do FEOP – Fórum de Estudantes de Origem Popular

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Fala ai meu velho...

Cara acho a proposta muito legal. Essa semana foi convidado a dar duas aulas em um Colégio Particular Confessional em Niterói, foi muito legal. Penso que a expressão seria "Somos iguais na diferença". O problema não é ser diferente, mas ter a sua diferença respeitada e que isso nao interfira no direito a igualdade.

Esse debate sobre como os setores mais abastados percebem os espaços populares, precisa ser melhor colocado. Não é verdade que toda a mídia tem um olha esteriotipado sobre os menos favorecidos e suas vivências, como também nao é verdade que todos os moradores de favela valorizem seus territórios de morada e nao construam um olhar preconceituoso e discriminatório sobre eles. Esse é um ponto.

O outro, diz respeito ao racismo como corrosão social e moral da sociedade. Segundo Moniz Sodré (1999) é preciso valorizar as relações de indentidade e alteridade - a consciência-de-si e outro-além-de-si. Os seres humanos procuram a felicidade baseados no respeito e na aceitação de si pelos outros. Isso quer dizer que nós estruturamos nossa existência permanentemente estimulados pelo desejo de ser respeitado, reconhecido. A dignidade corresponde ao que o ser human tem de mais essencial e singular. O racismo destrói isso. É de certa forma um crime contra a dignidade humana. Você pode achar que estou viajando, mas o que tento mostrar que dificilmente você conseguirá sensibilizar seus estudantes (nao gosto do termo aluno rs).

O racismo aniquila a auto-estima dos moradores das comunidades populares de forma individual e coletiva. Gera uma marginalização, que gera a marginalidade e a marginalidade, por sua vez, gera comportamentos e condutas pronfundamente anti-sociais.

Acho que faltou esse recorte racial no seu projeto. Fica difícil entende a favelas e sua segregação social sem levar em consideração as relações reciais que as sulbaternizam por mais de um século.

Mas acho que você está no caminho correto. Cada vez mais é preciso conhecer o outro. O si dar é extremamente importante e necessário nos dias de hoje.

Abraço fraterno,
Marcelo

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Danilo, ufs
Feop - feop.blogspot.com
Sencenne Sec. Gênero - sencebrasil.blogspot.com

Feop relatoria reunião virtual 23-05-09 II feop regional ne

Eaê ferinhas!!

Esta reunião não foi planejada!
Foi explicado e encaminhado pontos referentes à realização do II Feop regional NE.
Desculpem a demora de repassar, mas taí!!

Não deixem de ler o histórico da SENCE!!
danilo

Presentes: Valesca (Feop/RN), Jeff (Residente UFRN), Dennys (), Gilney (Univasf), Danilo (Feop/SE)

Pauta: operacionalização do II Regional do Feop Nordeste em parceria com o XIII Ennece

Encaminhamentos:
= Garantir o encontro é fazer com que os movimentos da UFRN , Sence e Feop se (re)conheçam.
= Dennys responsável por fazer a intermediação dos dois coletivos.
= Saber quem da UFRN vai para o pré-ennece em Feira de Santana.
= Abrir o diálogo de forma que no pré-ennece a programação possa ser discutida em torno dos dois grupos.
= Ler o documento com o histórico do Movimento de Casas.
http://sencebrasil.blogspot.com/search/label/Hist%C3%B3rico%20da%20SENCE

danilo, feop/se
sennece sec genero

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Uerj vai recorrer; alunos apoiam a direção

Miriam Leitão apoio as cotas!

Fui hoje à Uerj e lá o clima era de união para manter as cotas. Falei para uma plateia de cotistas e não cotistas e o clima geral era de susto pela decião da Justiça. A Uerj tentará reverter a liminar que suspendeu as cotas raciais. O DCE disse que concorda com a direção e a luta a favor das cotas.

A Uerj foi a primeira escola a adotar o sistema. Hoje, segundo professores com quem conversei, eles estão orgulhosos do desempenho dos cotistas e vão fazer uma ampla pesquisa para saber o resultado da política no mercado de trabalho. Eu fui lá para abrir a V Amostra de Estágios.

O que eu vi hoje lá foi uma platéia cheia da bela diversidade do Brasil: pretos, brancos, pardos, meninos, meninas, moradores de áreas diferentes do Rio, juntos, integrados, debatendo sobre riscos e oportunidades do mercado de trabalho. Uma prova viva de que conviver juntos no mesmo espaço, em pé de igualdade é o melhor remédio contra as desigualdades raciais brasileira.

A liminar, explicou o reitor, Ricardo Vieiralves de Castro, suspendeu a aplicação de uma lei que tem oito anos e às vésperas do vestibular. Se não for cassada prejudicará os estudantes que se inscreveram pelo sistema de cotas. E uma medida liminar, como se sabe não pode provocar prejuizos irreversiveis.

Sei que este assunto é polêmico, mas tenho há anos a mesma posição favorável às cotas. Já escrevi muito sobre o assunto, não vou repetir os argumentos. Já ouvi e li muitos argumentos contrários. Não me convenceram. As cotas sozinhas não vão resolver as desigualdades racias, mas são uma das armas para nos ajudar a superar o problema. Não, não acho que elas vão "implantar" o racismo no Brasil, não se implanta o que já existe. E estou convencida - fiquei hoje ainda mais - que a convivência de pessoas diversas, de áreas diferentes da cidade e da sociedade, com histórias diversas cria uma chance de menos distância social no Brasil. Na universidade que estudei só havia brancos. A que vi hoje era mais bonita, tinha mais a cara do Brasil.

As empresas modernas sabem que os times mistos são mais eficientes, que a diversidade no quadro de funcionários aumenta a capacidade de resposta da empresa aos desafios. A Uerj está fazendo a parte dela, que o mercado de trabalha entenda os novos tempos e suas chances.

http://oglobo. globo.com/ economia/ miriam/#189871
Enviado por Francisco Marcelo na lista do fneop

danilo, feop
sennece sec genero

Quase 90% das escolas públicas têm nota abaixo da média nacional no Enem 2008

Brasília - Das 26 mil escolas que foram avaliadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 74% obtiveram nota abaixo da média nacional que foi de 50,52 pontos. Na rede pública, o índice de estabelecimentos com resultado inferior à média chega a 89%. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou na última terça-feira os resultados por estabelecimento de ensino em 2008.

Mais uma vez, foram as particulares que conquistaram os melhores resultados no exame. Das 20 melhores escolas, 15 são particulares e a maioria se concentra na Região Sudeste. Outras 6 mil escolas ficaram sem conceito porque tiveram número insuficiente de alunos participantes.

Pelo segundo ano consecutivo, o campeão do Enem foi o Colégio São Bento, do Rio de Janeiro. A média total obtida pela escola - incluindo a prova objetiva e a redação com correção de participação - foi de 80,58 pontos, em uma escala que vai de 0 a 100. São 30 pontos a mais do que a média nacional divulgada em novembro pelo Inep. Administrado por padres beneditinos, o colégio só recebe alunos do sexo masculino. A mensalidade para o ensino médio varia de R$ 1.616 a R$ 1.752.

Entre as escolas públicas, o melhor resultado ficou com o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais. A média obtida pelos alunos foi de 76,66 pontos, o terceiro melhor resultado no ranking geral. Com exceção do Colégio Helyos, de Feira de Santana (GO) e do Colégio WR, em Goiânia (GO), que ocupam respectivamente o quinto e o sexto lugares do ranking, todas as escolas que estão entre as dez melhores localizam-se na Região Sudeste.

As informações são de Amanda Cieglinski

Enviado por Robson para a lista do conexões Unirio e repassado por Sabrina para a lista do Fneop.

danilo, feop/se
sennece sec genero

terça-feira, 26 de maio de 2009

I Semana de Cultura Jurídica de Sergipe - 25 a 29 de maio de 2009

Organizado pelo
NEED (Núcleo de Estudos sobre o Estado e a Democracia),
CASR (Centro Acadêmico Silvio Romero / Direito),
Najus-SE (Núcleo de Assessoria Jurídica) e JUS (Justiça Universitária Social)

a I Semana de Cultura Jurídica de Sergipe - 25 a 29 de maio de 2009 - contará com a participação de Danilo Kamarov (Feop/SE) na mesa "O movimento estudantil em Sergipe" que acontecerá nesta quarta-feira, 27/05, Às 19h no auditório da reitoria da UFS.

danilo, feop/se