Centro Educacional Prof. Samuel
COMUNIDADES POPULARES: reconhecendo e valorizando diferenças
APRESENTAÇÃO
As comunidade populares normalmente são apresentadas na grande mídia como favelas ou periferias. O problema aqui não é o termo e sim o estigma e a carga de preconceitos atribuída a esses espaços. Por outro lado, chamar de comunidade popular (e não periferia ou favela) é reconhecer o espaço pelo que ele tem de bom, de valoroso e não pelo o que ele não tem. Isso é uma ação afirmativa: reconhecer o diferente pelo seu valor e não pelos seus defeitos.
A partir do curta “Ilha das Flores” de Jorge Furtado inicia-se o debate sobre as desigualdades sociais, sobre a origem dos espaços populares e da realidade das/os moradoras/es destes locais. Contudo, o impacto de um vídeo desta natureza não substitui a ação em campo.
Levar as/os estudantes a visitarem espaços populares é um desafio que começa no momento da apresentação da atividade. Neste momento, as alunas e alunos externizam o que pensam sobre essas comunidades e podemos trabalhar os preconceitos formados a partir da visão de agentes exteriores como a grande mídia. Desconstruir a idéia de violência e marginalidade como característica predominante dos espaços populares é fundamental para a formação destas/es jovens no reconhecimento das desigualdades sociais enraizadas na sociedade brasileira e também em Aracaju.
Junto a isso, buscamos destacar que apesar da situação social precária, estas comunidades têm um conhecimento e sabedoria riquíssimos. Que cada morador e moradora tem uma trajetória de vida que deve ser valorizada. Reconhecer o modo de vida, os costumes, tradições e valores existentes nestes espaços é um grande avanço na afirmação de que somos iguais na diferença.
Ao aprendermos a identificar e valorizar as diversas identidades aprendemos também a nos inserir nesse caldeirão cultural que é a nossa realidade. Assim teremos melhores instrumentos para desconstruir preconceitos sobre uma realidade diferente. No mais, estaremos nos aproximando de outras realidades. De fato, devemos buscar saber o que nos une e não o que nos separa, pois isto é reconhecer todas/os como parte fundamental do povo brasileiro.
Metodologia: após análise do curta “Ilha das Flores” de Jorge Furtado fazer um trabalho contextualizando o filme e as discussões em sala de aula com as comunidades populares visitadas em Aracaju.
Objetivo Geral: A proposta desta atividade é despertar nas alunas e alunos a compreensão da diversidade social existente na sociedade brasileira que se reflete também na nossa realidade local, no espaço da comunidade escolar do CEPS: conjunto Bugio, Aracaju, Sergipe.
Objetivos Específicos:
- Fazer com que as alunas e alunos reconheçam a diversidade social, cultural e espacial da cidade em que vivem.- Fortalecer nas aulas e alunos o pensamento crítico.
- Estimular as alunas e alunos a valorização das diferenças.
Público alvo: alunas e alunos do 9º ano
Comunidades visitadas: cada grupo escolherá uma ou o professor indicará.
Professor Danilo, História.
Ex-bolsistas do Programa Conexões de Saberes: diálogos entre a universidade e as comunidade populares,
representante nacional do FEOP – Fórum de Estudantes de Origem Popular
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COMUNIDADES POPULARES: reconhecendo e valorizando diferenças
APRESENTAÇÃO
As comunidade populares normalmente são apresentadas na grande mídia como favelas ou periferias. O problema aqui não é o termo e sim o estigma e a carga de preconceitos atribuída a esses espaços. Por outro lado, chamar de comunidade popular (e não periferia ou favela) é reconhecer o espaço pelo que ele tem de bom, de valoroso e não pelo o que ele não tem. Isso é uma ação afirmativa: reconhecer o diferente pelo seu valor e não pelos seus defeitos.
A partir do curta “Ilha das Flores” de Jorge Furtado inicia-se o debate sobre as desigualdades sociais, sobre a origem dos espaços populares e da realidade das/os moradoras/es destes locais. Contudo, o impacto de um vídeo desta natureza não substitui a ação em campo.
Levar as/os estudantes a visitarem espaços populares é um desafio que começa no momento da apresentação da atividade. Neste momento, as alunas e alunos externizam o que pensam sobre essas comunidades e podemos trabalhar os preconceitos formados a partir da visão de agentes exteriores como a grande mídia. Desconstruir a idéia de violência e marginalidade como característica predominante dos espaços populares é fundamental para a formação destas/es jovens no reconhecimento das desigualdades sociais enraizadas na sociedade brasileira e também em Aracaju.
Junto a isso, buscamos destacar que apesar da situação social precária, estas comunidades têm um conhecimento e sabedoria riquíssimos. Que cada morador e moradora tem uma trajetória de vida que deve ser valorizada. Reconhecer o modo de vida, os costumes, tradições e valores existentes nestes espaços é um grande avanço na afirmação de que somos iguais na diferença.
Ao aprendermos a identificar e valorizar as diversas identidades aprendemos também a nos inserir nesse caldeirão cultural que é a nossa realidade. Assim teremos melhores instrumentos para desconstruir preconceitos sobre uma realidade diferente. No mais, estaremos nos aproximando de outras realidades. De fato, devemos buscar saber o que nos une e não o que nos separa, pois isto é reconhecer todas/os como parte fundamental do povo brasileiro.
Metodologia: após análise do curta “Ilha das Flores” de Jorge Furtado fazer um trabalho contextualizando o filme e as discussões em sala de aula com as comunidades populares visitadas em Aracaju.
Objetivo Geral: A proposta desta atividade é despertar nas alunas e alunos a compreensão da diversidade social existente na sociedade brasileira que se reflete também na nossa realidade local, no espaço da comunidade escolar do CEPS: conjunto Bugio, Aracaju, Sergipe.
Objetivos Específicos:
- Fazer com que as alunas e alunos reconheçam a diversidade social, cultural e espacial da cidade em que vivem.- Fortalecer nas aulas e alunos o pensamento crítico.
- Estimular as alunas e alunos a valorização das diferenças.
Público alvo: alunas e alunos do 9º ano
Comunidades visitadas: cada grupo escolherá uma ou o professor indicará.
Professor Danilo, História.
Ex-bolsistas do Programa Conexões de Saberes: diálogos entre a universidade e as comunidade populares,
representante nacional do FEOP – Fórum de Estudantes de Origem Popular
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Fala ai meu velho...
Cara acho a proposta muito legal. Essa semana foi convidado a dar duas aulas em um Colégio Particular Confessional em Niterói, foi muito legal. Penso que a expressão seria "Somos iguais na diferença". O problema não é ser diferente, mas ter a sua diferença respeitada e que isso nao interfira no direito a igualdade.
Esse debate sobre como os setores mais abastados percebem os espaços populares, precisa ser melhor colocado. Não é verdade que toda a mídia tem um olha esteriotipado sobre os menos favorecidos e suas vivências, como também nao é verdade que todos os moradores de favela valorizem seus territórios de morada e nao construam um olhar preconceituoso e discriminatório sobre eles. Esse é um ponto.
O outro, diz respeito ao racismo como corrosão social e moral da sociedade. Segundo Moniz Sodré (1999) é preciso valorizar as relações de indentidade e alteridade - a consciência-de-si e outro-além-de-si. Os seres humanos procuram a felicidade baseados no respeito e na aceitação de si pelos outros. Isso quer dizer que nós estruturamos nossa existência permanentemente estimulados pelo desejo de ser respeitado, reconhecido. A dignidade corresponde ao que o ser human tem de mais essencial e singular. O racismo destrói isso. É de certa forma um crime contra a dignidade humana. Você pode achar que estou viajando, mas o que tento mostrar que dificilmente você conseguirá sensibilizar seus estudantes (nao gosto do termo aluno rs).
O racismo aniquila a auto-estima dos moradores das comunidades populares de forma individual e coletiva. Gera uma marginalização, que gera a marginalidade e a marginalidade, por sua vez, gera comportamentos e condutas pronfundamente anti-sociais.
Acho que faltou esse recorte racial no seu projeto. Fica difícil entende a favelas e sua segregação social sem levar em consideração as relações reciais que as sulbaternizam por mais de um século.
Mas acho que você está no caminho correto. Cada vez mais é preciso conhecer o outro. O si dar é extremamente importante e necessário nos dias de hoje.
Abraço fraterno,
Marcelo
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Danilo, ufs
Feop - feop.blogspot.com
Sencenne Sec. Gênero - sencebrasil.blogspot.com
Cara acho a proposta muito legal. Essa semana foi convidado a dar duas aulas em um Colégio Particular Confessional em Niterói, foi muito legal. Penso que a expressão seria "Somos iguais na diferença". O problema não é ser diferente, mas ter a sua diferença respeitada e que isso nao interfira no direito a igualdade.
Esse debate sobre como os setores mais abastados percebem os espaços populares, precisa ser melhor colocado. Não é verdade que toda a mídia tem um olha esteriotipado sobre os menos favorecidos e suas vivências, como também nao é verdade que todos os moradores de favela valorizem seus territórios de morada e nao construam um olhar preconceituoso e discriminatório sobre eles. Esse é um ponto.
O outro, diz respeito ao racismo como corrosão social e moral da sociedade. Segundo Moniz Sodré (1999) é preciso valorizar as relações de indentidade e alteridade - a consciência-de-si e outro-além-de-si. Os seres humanos procuram a felicidade baseados no respeito e na aceitação de si pelos outros. Isso quer dizer que nós estruturamos nossa existência permanentemente estimulados pelo desejo de ser respeitado, reconhecido. A dignidade corresponde ao que o ser human tem de mais essencial e singular. O racismo destrói isso. É de certa forma um crime contra a dignidade humana. Você pode achar que estou viajando, mas o que tento mostrar que dificilmente você conseguirá sensibilizar seus estudantes (nao gosto do termo aluno rs).
O racismo aniquila a auto-estima dos moradores das comunidades populares de forma individual e coletiva. Gera uma marginalização, que gera a marginalidade e a marginalidade, por sua vez, gera comportamentos e condutas pronfundamente anti-sociais.
Acho que faltou esse recorte racial no seu projeto. Fica difícil entende a favelas e sua segregação social sem levar em consideração as relações reciais que as sulbaternizam por mais de um século.
Mas acho que você está no caminho correto. Cada vez mais é preciso conhecer o outro. O si dar é extremamente importante e necessário nos dias de hoje.
Abraço fraterno,
Marcelo
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Danilo, ufs
Feop - feop.blogspot.com
Sencenne Sec. Gênero - sencebrasil.blogspot.com