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quarta-feira, 10 de junho de 2009, às 18h27
A UFMG vai realizar um processo seletivo diferenciado para índios ainda em 2009, segundo a Pró-Reitoria de Graduação. Serão 12 vagas extras por ano, pelos próximos quatro anos, que não comprometerão as vagas do Vestibular. Elas serão distribuídas igualmente entre seis cursos: Medicina, Enfermagem, Odontologia, Ciências Biológicas e Ciências Sociais, no campus Pampulha, e Agronomia, em Montes Claros.
A iniciativa está ligada à crescente preocupação da UFMG com o respeito à diversidade e a inclusão. “É uma contribuição simbólica, mas representa o compromisso da Universidade em atender às demandas sociais de compreensão da pluralidade do país”, afirmou a professora Carmela Polito, pró-reitora adjunta de Graduação.
Segundo ela, em no máximo duas semanas será publicado o edital com as especificações da seleção, que deverá ser realizada em julho. Está prevista a aplicação de uma prova dividida em duas etapas, em um único dia. O vestibular será feito em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), responsável pela divulgação da prova, que vai acontecer anualmente em dois polos: Belo Horizonte e um segundo local (Recife, este ano).
As inscrições serão feitas mediante apresentação de documentos, incluindo uma carta de compromisso assinada pela comunidade indígena, reconhecendo os alunos como pertencentes a elas. “Mesmo que os índios tenham migrado para cidades, eles ainda podem participar, se estão ainda envolvidos ativamente com as comunidades”, explica Carmela Polito.
Foco na saúde
Os seis cursos foram escolhidos depois de avaliação da comissão responsável pela seleção – liderada pela professora da Faculdade de Educação Ana Maria Gomes –, em conjunto com os comitês indígenas de Minas Gerais e estudantes indígenas que estão cursando a formação de professores na UFMG. “Metade da demanda é na área de saúde. Embora a estrutura do sistema de saúde indígena seja bem organizada, há enorme carência de fixação de profissionais dessa área nas regiões em que se localizam as comunidades”, relata Carmela Polito.
Assistência e preparação
No caso dos índios, a permanência na universidade está estreitamente relacionada às condições de acesso. Por isso, a UFMG deve disponibilizar moradia para os alunos selecionados no edital. Serão firmadas parcerias com a Funai e outros órgãos governamentais para a distribuição de bolsas de assistência aos estudantes. “E a Fump vai disponibilizar os mesmos auxílios prestados aos alunos assistidos”, conta a pró-reitora adjunta.
Além de auxílio financeiro, a UFMG vai fornecer curso de preparação e nivelamento aos alunos, ministrado pelo Colégio Técnico (Coltec) durante um semestre. As aulas terão foco nas disciplinas básicas da área de graduação e na apresentação da estrutura da Universidade. “Eles terão contato com a nossa cultura e os nossos costumes. É um programa de adaptação, inovador”, diz Carmela Polito.
Dica de Josiane enviada pela lista do Conexões UFRJ.
danilo, feop/se
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